LIMPE SUA MENTE DE TODOS OS MAUS PENSAMENTOS ABRA SEU CORAÇÃO PARA RECEBER A LUZ AGORA FAÇA DELE UMA CLAREIRA EM MEIO A MATA. LOGO ADIANTE ESTA A ESTRADA, O RIO LIMPO E SERENO PASSA ALI PERTINHO. TUDO PRONTO, VAMOS AGUARDAR OUÇA O TILINTAR DOS ARTEFATOS BATENDO UNS NOS OUTROS, OUÇA O TROTAR DOS CAVALOS, O RISO ALEGRE DAS CRIANÇAS, A VOZ FORTE DOS HOMENS E O CANTO DAS MULHERES. A ALEGRIA ESTÁ CHEGANDO E COM ELA, A CARAVANA DE LUZ.
terça-feira, 22 de agosto de 2017
A HISTORIA DA CIGANA ROSA
Dançando ela vinha sorridente, trazendo uma rosa vermelha na mão, seu olhar de feitiço me olha surpreendente, Cigana linda que ilumina meu coração.
Tem na dança uma magia que encanta, no olhar a luz do sol a brilhar, Cigana Rosa com um jeito de criança, Rosa Cigana que vem na Umbanda nos abençoar.
A linda de todas as lindas Ciganas tem o nome de Rosa. Tem esse nome pois ela tem a beleza e o perfume dessa flor divina. Ela trabalha na Umbanda na linha do Oriente trazendo ensinamentos, paz, amor e caminhos abertos a quem lhe dedica uma oração com carinho e fé.
Conta a lenda que Rosa era uma linda menina de pele morena, sorriso largo e olhos brilhantes, que tinha nas mãos o poder de ver o passado, presente e futuro das pessoas que buscavam os Ciganos para esses fins. Era dito que ela era muito meiga de voz aveludada, trazendo uma condição de tranquilidade as pessoas que ficavam em sua volta.
Tinha o dom de espalhar a calmaria entre os que buscavam guerras, a saúde a quem foi atacado pela peste, a alegria a quem era destinado a tristeza. Essa era Rosa, a menina Cigana que admirava o brilho do Sol e a luz de tom azulada e sensual da Lua.
Rosa era de um clã poderoso entre os povos Ciganos, tinha como ponto alto o respeito que todos os povos tinham pelo monumental trabalho de magias que eram somente ensinados e compartilhados dentro de seu clã. e assim mesmo por poucos Ciganos, ou seja, todos que tinham a benção de aprender as secretas magias daquele clã, eram escolhidos minuciosamente pelos mais velhos, os donos dos segredos.
Ao chegar certa idade, o Cigano ou Cigana que era guardião ou guardiã de certo segredo mágico, escolheria um substituto para ser compartilhado o grande segredo único, e cada magia tinha seu protetor, ninguém mais saberia, mesmo sendo guardião de outras magias secretas.
Mas essa regra foi quebrada com a Cigana Rosa. Jovem ainda, ela demonstrava grandes dons em diversas formas de elevar muito mais certos ensinamentos tradicionais sobre magias ciganas. E sendo assim ela teve seu nome sugerido para ser a guardiã de sete dessas magias secretas, ou seja, sete Ciganos desejavam que a linda Rosa fosse a próxima guardiã de seus segredos mágicos.
Então ficou um impasse, qual seria e de qual Cigano seria ela a guardiã. Foi levado o fato ao Cigano Mor, o grande chefe do Clã, que levaria o caso aos Ciganos conselheiros. E assim foi feito. Após vários dias de debates, de perguntas e respostas, de estudos aos dons de Rosa, decidiram por unanimidade que ela tinha a perfeição e sabedoria de poder ficar como soberana conhecedora dos sete segredos mágicos.
E como determinação do conselho Cigano e autorizado pelo Cigano Mor, Rosa a partir desse dia seria a única Cigana a poder ter o conhecimento das sete magias, que a foram reveladas um a um pelos portadores de tais segredos.
Rosa usava todos esses segredos para a caridade dentro e fora dos acampamentos Ciganos, tinha no seu coração a bondade e a seriedade de demonstrar que o poder dos segredos eram para ser usado exclusivamente para o bem, e é o que ela fez durante toda a sua vida terrena. Rosa, com mais idade e maturidade, foi escolhida para ser a guardiã das pequenas Ciganas, sendo responsável por ensinar, demonstrar e cobrar as regras rígidas de seu clã.
Com essa responsabilidade com as Ciganinhas e com o conhecimento de sete segredos mágicos ciganos, ela se tornou muito procurada e idolatrada por todo povo de seu clã, e também por vários clãs de várias regiões. Mas ela não recebeu só a admiração e o respeito de todos.
Recebia ouro, joias, sedas, entre vários presentes vindos de todos os Ciganos de todos os povos. E assim ela também conseguiu fazer nascer sentimentos ruins por entre muitas Ciganas de outros clãs.
Sentimentos como o ódio, o rancor e principalmente a inveja. Uma dessas Ciganas, uma jovem ambiciosa vinda de uma região distante, que a pedido de seu pai ficara no clã onde nasceu a Cigana Rosa, tinha muitos sentimentos desse tipo.
E como Rosa era vista dentro do clã como diferenciada nas questões sobre magias ciganas, essa Cigana então planejou que tiraria Rosa do clã, faria ela ser expulsa ou mesmo morta. Ela tentou muitas coisas, e todas sem sucesso, e isso foi a deixando cada vez mais rancorosa, com o ódio estampado nos olhos, a inveja e a ambição de um dito poder, que ela imaginava que poderia ter eliminando Rosa do convívio do clã cigano.
Com esses sentimentos ruins, foram abertas portas para espíritos sem luz, e esses espíritos obsediavam a jovem Cigana dia após dia, fazendo-lhe sofrer muito com a sua própria ambição e arrogância. Ela tomada pela inveja e pela obsessão dos espíritos sem luz, passou a observar cada passo, cada ação, cada gesto, cada palavra que Rosa distribuía as Ciganas jovens e as Ciganas que estavam grávidas, para que assim achasse algo que ela poderia utilizar contra a linda Cigana dona dos poderes de magia.
Dentro dos clãs, as Ciganas grávidas ficavam separadas das outras, não falavam com os homens, não era permitido a elas se socializarem, enfim, tinham várias regras que deviam ser respeitadas, pois as Ciganas quando grávidas eram consideradas "Marimé", ou seja, impuras, isso por um período da gravidez até o batismo do recém nascido.
Como toda essa tradição era levada muito a sério, e com muita cautela, as grávidas não deveriam dar a luz dentro das barracas do acampamento, dentro dos transportes, tocar em coisas como utensílios e roupas de outras pessoas, pois se caso acontecesse, tudo isso deveria ser queimado, pois também era considerado impuro.
E essa foi a grande chance da perversa Cigana ambiciosa, pois a esposa do Cigano Mor, estava grávida, e próximo de dar a luz. Logicamente todos os cuidados estavam sendo tomados para que ela não trouxesse a "impureza" para junto do clã, e a responsável para que isso não acontecesse era a Cigana Rosa, que como sempre fazia com todas as Ciganas em estado de gravidez.
O tempo passou e chegou o tão esperado dia do nascimento do filho do Cigano Mor. E conforme a tradição, a Cigana grávida não deveria ser vista por nenhum homem, nenhuma Cigana jovem ou as crianças ciganas.
Rosa sabendo desses fatos e tradições, levou a grávida até uma pequena cabana, para que ali ela pudesse dar a luz, e ao final do acontecimento, a cabana e tudo mais utilizado para o nascimento do novo membro do clã seriam queimados. A criança nasceu sem maiores problemas, um menino forte e saudável, que cupom desconto americanas deixou a mãe e Rosa com lágrimas nos olhos pela emoção do primeiro choro do ciganinho.
No clã de Rosa havia também uma tradição de logo após o nascimento, e após saber o sexo da criança, deveria então fazer um banho de ervas colhidas após o parto e antes da sétima hora de vida do recém nascido. Essas ervas variavam de acordo com os detalhes do parto, como o tempo demorado do nascimento, o tamanho do cordão umbilical, entre outras coisas, que somente as responsáveis pela hora do parto poderiam estabelecer, e designar cada tipo de erva sagrada.
E assim foi feito por Rosa, saindo logo após ao parto para ir em busca das ervas, sendo obrigada a deixar a cigana que acabara de dar a luz sozinha, pois até aquele momento era vista como impura aos olhos do povo cigano. A jovem mãe, por estar um tanto cansada adormece logo após a saída de Rosa. E essa foi a chance da ambiciosa Cigana que aguardava o momento de se vingar da senhora dos poderes mágicos dos Ciganos.
Com ajuda de um gadjo, no qual ela prometera algumas peças e moedas de ouro, doparam e levaram a Cigana e seu filho para o centro do acampamento, se aproveitando da ausência dos Ciganos, e lá a deixaram com seu filho ao lado. Ao chegarem de suas tarefas, Ciganos e Ciganas se desesperaram ao ver a criança recém nascida e sua mãe, ditos impuros, podendo trazer mau agouro, espíritos do mal, doenças e miséria, conforme era a lenda entre os Ciganos.
O Cigano Mor, era o único que poderia tocar nela, por ser seu esposo, e foi ele que a levou de volta a barraca na qual ela teria dado a luz. Mas deveria voltar rapidamente para decidirem o que fazer em relação aos maus espíritos, que pela tradição, estariam espalhados por todo acampamento.
Após se reunirem, os Ciganos mais velhos decidiram que a criança e sua mãe deveriam ser impostas a condição de impuros por sete anos, e que nesse período deverias ser estabelecidos locais diferenciados para que ambos vivessem, ou deixar para sempre o acampamento.
Foi estabelecido também que todos os Ciganos jamais voltassem a acampar naquele lugar, que se tornou impuro. E que a Cigana Rosa, que era responsável pelo parto, deveria, ou ser expulsa do clã (na visão de alguns dos Ciganos), ou ser simplesmente morta (aos olhos de outros).
Foi dito ainda que todos os utensílios utilizados no parto, incluindo a barraca e tudo que nela continha, deveriam ser queimados imediatamente, para que não fosse espalhado o mau agouro das impurezas da pobre Cigana, que agora era uma recém mãe, e vista como um problema espiritual a ser combatido a todo custo.
A Cigana ambiciosa, se aproveitando de toda essas regras do mundo nômade, caminhou até a barraca onde estaria havendo a reunião do conselho Cigano, e lá adentrou sem pedir autorização. Aos berros, demonstrando estar obsediada por um espírito negro, disse que era o espírito da impureza, e que perseguiria aquele clã até o último Cigano.
E só partiria se fosse sacrificados os responsáveis por lhe chamarem das profundezas. Ao ouvirem as palavras vindas da Cigana ambiciosa, o conselho Cigano então se decide em entregar a alma de Rosa para o sacrifício, perguntando ao falso espírito como desejaria que fosse essa entrega.
Então foi dito: "Hoje ao meio da noite, uma fogueira deverá ser acesa ao centro desse acampamento. Nessa fogueira deverá estar a mulher Cigana que me trouxe da escuridão. Ela deverá ser queimada viva." Com gestos teatrais, a Cigana Ambiciosa simula um desmaio, que deixa todos em sua volta atónitos, e decididos a fazer o que foi mandado pelo falso espírito.
A noite chega, a fogueira e montada, Rosa é trazida para o centro do acampamento. Ela é amarrada em um tronco no centro onde será acesa a fogueira. Seus olhos lacrimejam, mas ela não se desespera, apenas aguarda a decisão do conselho de acender as chamas. Ao longe a Cigana ambiciosa observa tudo. As chamas deverão ser acesas pelo Chefe dos Ciganos, que se aproxima com uma tocha nas mãos.
No instante em que as chamas começam a ser acesas, o céu que antes estava estrelado e com o brilho da Lua cheia, fica completamente negro. Nuvens escuras se formam rapidamente sobre o acampamento, e nas primeiras chamas incandescentes que brotam ao redor da Cigana Rosa, o céu desmorona em uma tempestade imensa destruindo até a última brasa acesa.
O Chefe Cigano virando-se para o conselho, diz que é um aviso dos deuses, que não é para seguir com o sacrifício da Cigana. E nesse momento ordenou que a soltassem das amarras. Ao ver Rosa solta, a Cigana ambiciosa corre em sua direção com um punhal na mão, para atacá-la. Ficando de frente a frente com Rosa, a Cigana a olha com ódio nos olhos, dizendo-lhe que ela poderia ter escapado da fogueira, mas não escaparia da morte, e que ela teria o prazer de lhe matar na frente de todos.
Dizendo isso, a Cigana ambiciosa ergueu o punhal em forma de ataque, olhou profundamente nos olhos de Rosa, que estava serena, sem demonstrar nenhuma reação, a não ser segurar fortemente uma medalha com a imagem de Santa Sara Kali que ela trazia nas mãos.
A Cigana que empunhava o punhal de aço, fez menção de atacar a Cigana Rosa, mas nesse ataque uma força invisível levou sua mão juntamente com o punhal ao próprio coração, lhe deferindo um golpe certeiro, fazendo assim que ela mesmo tirasse a própria vida. Rosa apenas olhava.
O corpo da Cigana ambiciosa foi caindo com o punhal cravado em seu coração. Todo povo Cigano em volta de toda a cena, ficaram atônitos com tudo, observando o corpo inerte da Cigana que desejava estar no lugar que não era de seu merecimento, que desejava ser a Cigana que ela jamais seria.
Rosa voltou a ser a Cigana dona dos sete segredos ciganos. Ficou em seu clã até seu desencarne muitos e muitos anos depois. Depois desse acontecimento, os Ciganos desse clã entenderam que algumas tradições ciganas deveriam virar apenas lendas, pois o maior perigo dentro de um povo não é o medo daquilo que não se conhece, e sim a precaução daquilo que sabemos que existe, como inveja, ambição e ódio.
Rosa após esse fato se tornou muito mais respeitada do que já era. E dentre muitos povos Ciganos, ela foi a única mulher a entrar em um conselho, e todos os homens respeitavam o que era dito por ela.
Hoje ela é uma Entidade bela trabalhadora da Umbanda. Sendo respeitada pelas suas lições de caridade, coragem e fé.
Salve a Cigana Rosa!
Opchá Povo Cigano!
sábado, 13 de maio de 2017
CIGANA DARA.
A Cigana Dara, foi uma pessoa que necessitou lutar muito para alcançar seus objetivos, porem com a experiencia astral de sua vida pregressa, ela considera cada empecilho um desafio a ser superado.
Sempre diz que é do mundo, pois seu acervo de magia é tao grande quanto o seu coração.
Ela teve uma vida muito dificultosa. Dara, quando ainda no astral, queria, implorava por voltar a terra.
Tinha muito a fazer por aqui. Sentia falta de tudo aqui.
Retorna numa família em que a magia era tão normal quanto abrir os olhos. Começa a vivencia como cigana.
E assim nasce Dara. Sua familia era sabedora de muitas magias, de como manipular os elementos, magias brancas, negras, impostas, naturais, de círculos........
As mulheres eram magas, algumas vezes virtuosas, mas na maioria das vezes... vaidosas, o que comprometia toda a manipulação, quase sempre deixando a parte negra falar mais alto.
Morava com sua família numa kumpania, que ficava numa sesmaria portuguesa, local ermo que foi recebido para ser cultivado, porem o cultivo lá eram somente de ervas mágicas, e feitiços diversos.
Nem mesmo a Igreja ou o Reinado se dispunham a incomoda-las diante do pavor que distribuíam gratuitamente. Elas viviam afastadas, mas eram procuradas por discretas seges fechadas, para encomendar feitiços para os mais abastados.
E assim na base do ganho de muito dinheiro, sobreviviam em sociedade fechada e oculta. Em outras vivencias tinha ela deixado para trás muitos débitos astrais.
Assim de posse de muitas informações da magia seguia em seu caminhar, aprisionando espíritos incautos, impuros, sedentos, viciosos e perdidos.
Ela conhecia orações malignas, que servia tanto para encastoar pedras quanto para atingir pessoas que estivessem longe.
Um dia um padre de má índole tanto enredou Dara com seu charme e virilidade, ela em plena idade procriadora (17 anos apenas) se entregou.
Com o passar dos meses, o fruto de seu ventre nasceu, sob a lua da Sexta Feira Santa.
Na época que seu filho nasceu foi instaurada a Santa Inquisição e os Tribunais do Santo Oficio estavam mais ativos do que nunca.
Duas irmãs já tinham sido levadas à fogueira.
Este padre a propunha então proteção. Desde que ela fizesse com suas magias que ele chegasse ao poder. Trato feito.
Esperou-se então a Lua Cheia e em reunião decidiram que armas mágicas utilizar. Fizeram uma reunião, onde usaram a força do menino, expondo-o na mesa, onde era feita a magia.
Assim posto, digo feito, em 9 luas, o padre chegou a ser designado para auxiliar, as mais altas autoridades do clero, com lugar de destaque. Deixando para trás muitos outros sacerdotes preparados.
Pela primeira vez o desespero tomava conta de Dara, e como castigo do pai eterno, ela começou a ter muitos sonhos com o filho que havia parido.
Aos poucos todas as irmãs, foram capturadas pela Santa Madre Igreja, restando Dara se esconder como bicho até conseguir ter com o eclesiástico.
Estando com ele cobrou-lhe a proteção, ele apenas riu e a expulsou.
Ao sair, foi denunciada e logo presa pelo Tribunal foi levada à fogueira, retornando mais uma vez ao astral, tendo falhado na missão, que era manipular os elementos para sanar os sofrimentos alheios.
Por isso hoje no astral, Dara, encanta a quem a ve trabalhar, usando os elementos numa linha pura e cheia de amor, tentando sanar os sofrimentos das pessoas.
Seu ditado favorito é:
Toda moeda tem dois lados.
segunda-feira, 8 de maio de 2017
MENSAGEM CIGANA
Nós Ciganos só temos uma religião: a liberdade.
Quando se morre, se deixa tudo: um miserável carroção
ou um grande império.
ou um grande império.
E nós cremos que naquele momento é muito melhor termos
sido Ciganos do que reis.
sido Ciganos do que reis.
Não pensamos na morte.
Não a tememos.
O nosso segredo está em gozar a cada dia as pequenas coisas
que a vida nos oferece e que os outros homens não sabem apreciar: uma manhã de sol, um banho na nascente, o olhar de alguém que nos ama.
que a vida nos oferece e que os outros homens não sabem apreciar: uma manhã de sol, um banho na nascente, o olhar de alguém que nos ama.
É difícil entender estas coisas, eu sei.
Ciganos se nasce.
Gostamos de caminhar sob as estrelas.
Contam-se coisas estranhas sobre os Ciganos.
Dizem que lêem o futuro nas estrelas e que possuem o filtro do amor.
As pessoas não crêem nas coisas que não sabem explicar.
As pessoas não crêem nas coisas que não sabem explicar.
Nós ao contrário, não procuramos explicar as coisas nas quais cremos.
A nossa é uma vida simples.
Basta-nos ter o céu por telhado
um fogo para nos aquecer
e as nossas canções, quando estamos tristes.”
Basta-nos ter o céu por telhado
um fogo para nos aquecer
e as nossas canções, quando estamos tristes.”
quinta-feira, 4 de maio de 2017
ESMERALDA DE LA LUNA.
Houve um tempo em que eu não tinha nada… havia perdido minha terra, minha família e todos aqueles que eu amava, eu era nada, era ninguém. Não tinha para onde ir e tão pouco para onde voltar.
Neste momento em que eu estava ferida e só a morte me esperava, eis que surge um anjo estranhamente trajado… camisa colorida, brincos e lenço na cabeça…
Ele me segura em seus braços e me leva para um abrigo seguro. Uma pequena cabana no meio da floresta. Lá há uma velha senhora, ao qual todos devotam grande respeito, fica responsável pelo meu tratamento.
Uma senhora muito sábia iniciada nas artes da magia e da cura com as ervas. Embora o tempo não parecesse correr eu fiquei muitos meses ali, recuperando-me das batalhas sofridas anteriormente.
Aos poucos fui conhecendo todos que viviam acampados naquele local. Moças com suas saias rodadas, suas jóias, sempre muito alegres e dançantes. Os homens sempre atentos, protegendo todos ali. Era uma família e eu fazia parte dela.
Sim, eu tinha uma família novamente… uma família itinerante…
Da minha antiga vida restou apenas minha espada, da qual eu nunca me separava, e também algumas cicatrizes, umas na carne, outras na alma.
Aprendi seus costumes, sua magia, sua história e seus mistérios…
Recebi um novo nome… Passei a me chamar Esmeralda de La Luna, Esmeralda por causa da cor dos meus olhos e Luna para jamais esquecer de onde vim.
Nunca devemos dar as costas a nossa essência, foi o que me disseram.
E chegou o tempo de pegar a estrada, seguir em frente e percorrer novos horizontes…
Meus caminhos nem sempre seriam de flores, mas agora eu não estaria sozinha. Eu tinha uma família, uma família cigana, e eu também era cigana!!!
quarta-feira, 12 de abril de 2017
segunda-feira, 6 de março de 2017
ROSA BRANCA E ROSA VERMELHA
Era uma vez uma viúva que morava numa casa no meio da floresta. Na frente de sua casa, havia duas roseiras: Uma vermelha e outra branca.
A viúva tinha duas filhas muito lindas, doces e boas a qual deu os nomes de Rosa Branca e Rosa Vermelha.
Rosa Branca tinha os cabelos claros e longos enquanto Rosa Vermelha tinha cabelos castanhos. As duas eram encantadoras e muito boas com todos. Rosa Vermelha adorava correr pelos campos da floresta enquanto Rosa Branca preferia ajudar sua mãe nos afazeres de casa.
Sempre estavam juntas e de tão meigas e doces até as corças e veadinhos pastavam tranquilamente ao lado delas.
Durante o inverno, as meninas costumavam reunir-se em frente a lareira com sua mãe enquanto esta lia algumas histórias.
Durante o inverno, as meninas costumavam reunir-se em frente a lareira com sua mãe enquanto esta lia algumas histórias.
Certa noite, quando fazia muito frio e a floresta estava coberta por neve, escutaram uma batida na porta.
- Abra a porta Rosa Vermelha – disse a mãe.
A menina obedeceu achando ser algum viajante perdido no meio da nevasca. Mas para sua surpresa, deparou-se com um enorme e assustador urso.
- Abra a porta Rosa Vermelha – disse a mãe.
A menina obedeceu achando ser algum viajante perdido no meio da nevasca. Mas para sua surpresa, deparou-se com um enorme e assustador urso.
- Não tenha medo – disse o urso. – Eu não vou machucar você ! Estou congelado de tanto frio ! Posso me esquentar um pouco ?
- Oh pobre urso ! – exclamou a mãe. – Entre e fique perto do fogo para se aquecer.
- Não precisam ter medo meninas ! O urso não fará mal a vocês. Nota-se que ele é uma criatura bondosa e sincera.
- Oh pobre urso ! – exclamou a mãe. – Entre e fique perto do fogo para se aquecer.
- Não precisam ter medo meninas ! O urso não fará mal a vocês. Nota-se que ele é uma criatura bondosa e sincera.
Então as meninas se aproximaram do urso e aos pouco foram esquecendo do medo que ele causava até que por fim acabaram brincando e rolando pelo chão.
Após muitas brincadeiras, a mãe pediu que as meninas fossem dormir. Foram para suas camas e o urso ficou deitado próximo à lareira também.
Logo pela manhã, o urso partiu.
Após muitas brincadeiras, a mãe pediu que as meninas fossem dormir. Foram para suas camas e o urso ficou deitado próximo à lareira também.
Logo pela manhã, o urso partiu.
E assim, todas as noites daquele inverno, na mesma hora, o urso voltava para a casa das meninas e brincava com elas se aquecendo ao calor da lareira. A mãe já nem mais trancava a porta da casa antes do urso chegar…
Finalmente, chegou a primavera, e mais uma vez o sol aqueceu a terra e derreteu a neve. As árvores começavam a brotar novamente e os pássaros iniciavam seus ninhos.
Preciso partir agora. – Disse o urso. – E não voltarei antes do final do verão.
- Oh querido urso ! Fique aqui conosco ! – pediu Rosa Branca que gostava muito dele – Para onde você vai?
Preciso partir agora. – Disse o urso. – E não voltarei antes do final do verão.
- Oh querido urso ! Fique aqui conosco ! – pediu Rosa Branca que gostava muito dele – Para onde você vai?
- Tenho que ficar na floresta para guardar os meus tesouros pois alguns anões dessa floresta são muito maus e até mesmo ladrões.
- E eles não roubam no inverno? – Perguntou Rosa Vermelha.
- Não. Antes que o inverno chegue, eles vão para baixo da terra e ficam aguardando o sol da primavera. Aí então, nada está seguro pois o que os anões roubam nunca mais se encontra!
- E eles não roubam no inverno? – Perguntou Rosa Vermelha.
- Não. Antes que o inverno chegue, eles vão para baixo da terra e ficam aguardando o sol da primavera. Aí então, nada está seguro pois o que os anões roubam nunca mais se encontra!
As meninas ficaram muito tristes ao ver seu amigo partindo, mas ele parecia ter muita pressa. Na correria de ir embora, acabou enroscando seu pelo no trinco da porta. Quando viram o pelo duro e grosso no trinco da porta observaram que por debaixo daquele pelo escuro, havia um brilho dourado. Antes mesmo que as meninas falassem com ele, já havia desaparecido pela floresta.
Durante o longo inverno a família tinha gasto toda a lenha e por isso, Rosa Branca e Rosa Vermelha resolveram ir à floresta colher alguns gravetos.
Enquanto caminhavam, viram um enorme tronco de árvore caído no meio da floresta e alguma coisa que pulava de um lado para outro. Ao se aproximarem daquele tronco, viram que um anãozinho lutava para soltar sua barba que havia ficado presa debaixo daquela árvore.
Enquanto caminhavam, viram um enorme tronco de árvore caído no meio da floresta e alguma coisa que pulava de um lado para outro. Ao se aproximarem daquele tronco, viram que um anãozinho lutava para soltar sua barba que havia ficado presa debaixo daquela árvore.
- Não fiquem aí paradas ! Venham me ajudar ! – gritava o anão nervoso.
- Mas o que foi que aconteceu? – Perguntou Rosa Vermelha.
- Estava tentando cortar esta árvore para conseguir lenha, quando fiquei preso. – Rápido ! – Disse ele.
- Vou procurar ajuda ! – Disse Rosa Vermelha
- Não há tempo, sua tola ! Faça alguma coisa ! Gritava o anão muito irritado.
- Mas o que foi que aconteceu? – Perguntou Rosa Vermelha.
- Estava tentando cortar esta árvore para conseguir lenha, quando fiquei preso. – Rápido ! – Disse ele.
- Vou procurar ajuda ! – Disse Rosa Vermelha
- Não há tempo, sua tola ! Faça alguma coisa ! Gritava o anão muito irritado.
Então, Rosa Branca, vendo aquela agonia, tirou uma tesourinha do bolso de seu vestido e cortou a pontinha da barba do anão.
Muito irritado, ele pegou uma sacola cheia de ouro que estava alí perto e sem agradecer foi embora resmungando.
Alguns dias se passaram, quando Rosa Branca e Rosa Vermelha estavam indo ao riacho para pescar um peixe para seu jantar, quando viram que a água estava agitada e que algo estava acontecendo por lá.
Muito irritado, ele pegou uma sacola cheia de ouro que estava alí perto e sem agradecer foi embora resmungando.
Alguns dias se passaram, quando Rosa Branca e Rosa Vermelha estavam indo ao riacho para pescar um peixe para seu jantar, quando viram que a água estava agitada e que algo estava acontecendo por lá.
Quando se aproximaram, viram mais uma vez o anãozinho preso com sua barba enroscada no anzol.
- O que estás fazendo? – perguntou Rosa Branca. – Vai pular na água? Cuidado que neste lugar o riacho é fundo !
- Será que você não percebe que estou preso, sua tola ! – disse ele muito irritado.
Não havia outra coisa a fazer senão cortar mais uma vez a barba dele. Com um atesourada rápida, Rosa Branca libertou o anão.
- O que estás fazendo? – perguntou Rosa Branca. – Vai pular na água? Cuidado que neste lugar o riacho é fundo !
- Será que você não percebe que estou preso, sua tola ! – disse ele muito irritado.
Não havia outra coisa a fazer senão cortar mais uma vez a barba dele. Com um atesourada rápida, Rosa Branca libertou o anão.
- Sua miserável ! – gritava ele. Você desfigurou meu rosto ! Primeiro corta a pontinha e agora corta quase metade de minha barba !
Livre daquele anzol, o anão curvou-se e apanhando um saco cheio de pérolas e pedras, foi embora sem nenhum agradecimento pela ajuda das meninas.
Algum tempo depois, a mãe de Rosa Branca e Rosa Vermelha mandou que elas fossem à cidade para comprar agulhas, linhas, rendas e fitas.
Livre daquele anzol, o anão curvou-se e apanhando um saco cheio de pérolas e pedras, foi embora sem nenhum agradecimento pela ajuda das meninas.
Algum tempo depois, a mãe de Rosa Branca e Rosa Vermelha mandou que elas fossem à cidade para comprar agulhas, linhas, rendas e fitas.
No caminho, viram um pássaro enorme que voava em círculos sobre um campo. De repente, escutaram gritos e correram para próximo do pássaro para ver do que se tratava. Para horror das meninas, o pássaro estava agarrando o anão que tentava com toda sua força se desprender das garras do pássaro. AS bondosas meninas correram e agarraram o anão lutando com o pássaro até que finalmente conseguiram espantá-lo e livrar o anão.
- Suas desajeitadas ! – berrou o anão. – Não podiam ter sido mais cuidadosas? Olhem o que fizeram com minhas roupas !
Pegando um saco cheio de pedras preciosas, sumiu entre as pedras de uma enorme caverna.
Na volta da cidade, as meninas passaram novamente pela caverna onde o anão havia entrado e qual não foi a surpresa delas quando viu que ele estava lá com todo o seu tesouro espalhado pelo chão.
- O que estão olhando? – perguntou o anão com uma voz esganiçada e o rosto transtornado pelo ódio. – Vamos ! Sumam daqui ! Berrou ele.
Pegando um saco cheio de pedras preciosas, sumiu entre as pedras de uma enorme caverna.
Na volta da cidade, as meninas passaram novamente pela caverna onde o anão havia entrado e qual não foi a surpresa delas quando viu que ele estava lá com todo o seu tesouro espalhado pelo chão.
- O que estão olhando? – perguntou o anão com uma voz esganiçada e o rosto transtornado pelo ódio. – Vamos ! Sumam daqui ! Berrou ele.
Neste instante, um rugido ecoou pelo campo e imediatamente apareceu um urso, vindo do meio da floresta. O anão de um salto de tanto pavor, mas antes mesmo que pudesse fugir o urso colocou sua enorme pata sobre a cabeça do anão que caiu morto.
Muito assustadas as irmãs sairam correndo, mas o urso as chamou:
Rosa Branca ! Rosa Vermelha ! Esperem ! Não tenham medo, não vou machucar vocês !
Elas se viraram e viram que era o mesmo urso que passara todo o inverno com elas.
Felizes pela volta do urso, davam gritinhos de alegria em volta dele quando de repente, a pele do urso caiu ao chão e diante delas estava um lindo e jovem rapaz, vestido com roupa de príncipe.
Rosa Branca ! Rosa Vermelha ! Esperem ! Não tenham medo, não vou machucar vocês !
Elas se viraram e viram que era o mesmo urso que passara todo o inverno com elas.
Felizes pela volta do urso, davam gritinhos de alegria em volta dele quando de repente, a pele do urso caiu ao chão e diante delas estava um lindo e jovem rapaz, vestido com roupa de príncipe.
- Sou o filho do rei ! – Disse ele. E fui enfeitiçado por aquele anão malvado que roubou todo o meu tesouro obrigando-me a vagar pela floresta como um urso selvagem. Somente a morte do anão quebraria o feitiço. Agora estou livre ! – Comemorava ele.
Se não fossem vocês por terem me ajudado durante o rigoroso inverno, eu teria morrido. Sou muito grato a vocês !
Logo, os três foram até a casa das meninas e lá contaram para a mãe delas o que havia acontecido.
Se não fossem vocês por terem me ajudado durante o rigoroso inverno, eu teria morrido. Sou muito grato a vocês !
Logo, os três foram até a casa das meninas e lá contaram para a mãe delas o que havia acontecido.
O príncipe precisava voltar para o castelo para ver seu pai. Mas prometeu que voltaria.
Quando voltou, trouxe consigo seu irmão. O príncipe acabou pedindo a mão de Rosa Branca em casamento e seu irmão pediu a mão de Rosa Vermelha.
Quando voltou, trouxe consigo seu irmão. O príncipe acabou pedindo a mão de Rosa Branca em casamento e seu irmão pediu a mão de Rosa Vermelha.
Os felizes casais foram morar no castelo e levaram junto a mãe das meninas, que plantou na entrada do castelo uma roseira branca e outra vermelha. Todos os anos, as rosas dão flores e alegram o jardim do castelo."
(http://www.dedice.com.br/?p=275)
A HISTÓRIA DE RAQUEL
Raquel tentava com custo chegar até a ala principal da grande casa, seus olhos arregalados lhe mostravam que já assistira e vira as mais medonhas situações, pelo poder, pela ganância.
A criada Míriam que saía da ala destinada as visitas, viu quando a moça chegou, manchada com um sangue, que não era só seu, mas de todos aqueles que vira morrer nas prisões fétidas.
Raquel tentara ser mais que uma moça rica, tentara ser grande em humildade.
À nove dias caminhara até Jerusalém para ouvir o Messias e agora se arrastava para chegar até a criada.
- Senhora Raquel, como aqui chegaste?
- Com Jesus Míriam. Com ele em meu coração, em minha vida.
- Não podes aqui ficar, vosso pai foi rude e diz que a senhora morreu.
- E vim aqui, apenas para morrer, vê o sangue que sai do meu corpo, é o mesmo que manchou a mão de meu pai, e agora morrerei aqui.
- Senhora Raquel, quero ajudá-la.
- Não Míriam. Deixe-me morrer. A morte é a justiça que em vida os homens não carregam.
- O que posso fazer por vós que tanto fizeste por mim?
- Conte minha história, e onde for mostre às pessoas que os Deuses nos abandonaram, mas Jesus liberta e salva, mantenha-me viva e leve a esperança de dias melhores. Faça por mim e com certeza, cumprirá vossa missão.
Raquel tinha a fala lenta e a respiração ofegante. Com a cabeça nos braços da criada Míriam, Raquel fechou os olhos, mas Míriam a faria renascer a cada instante que revelasse a sua história.
Míriam levou o corpo da jovem nobre até o salão, e lá a deixou. Em seguida deixou a grande casa e andou pela Judéia, por Jerusalém, até chegar a Galiléia.
Ali encontrou Onofre, um velho que sentado contava histórias de Reis e Rainhas, Faraós e na verdade sua infinidade de mulheres.
- O que quer mulher? uma história? Qual preferes? Do messias, ou de Afrodite e Espartacus?.
Raquel tentava com custo chegar até a ala principal da grande casa, seus olhos arregalados lhe mostravam que já assistira e vira as mais medonhas situações, pelo poder, pela ganância.
A criada Míriam que saía da ala destinada as visitas, viu quando a moça chegou, manchada com um sangue, que não era só seu, mas de todos aqueles que vira morrer nas prisões fétidas.
Raquel tentara ser mais que uma moça rica, tentara ser grande em humildade.
À nove dias caminhara até Jerusalém para ouvir o Messias e agora se arrastava para chegar até a criada.
- Senhora Raquel, como aqui chegaste?
- Com Jesus Míriam. Com ele em meu coração, em minha vida.
- Não podes aqui ficar, vosso pai foi rude e diz que a senhora morreu.
- E vim aqui, apenas para morrer, vê o sangue que sai do meu corpo, é o mesmo que manchou a mão de meu pai, e agora morrerei aqui.
- Senhora Raquel, quero ajudá-la.
- Não Míriam. Deixe-me morrer. A morte é a justiça que em vida os homens não carregam.
- O que posso fazer por vós que tanto fizeste por mim?
- Conte minha história, e onde for mostre às pessoas que os Deuses nos abandonaram, mas Jesus liberta e salva, mantenha-me viva e leve a esperança de dias melhores. Faça por mim e com certeza, cumprirá vossa missão.
Raquel tinha a fala lenta e a respiração ofegante. Com a cabeça nos braços da criada Míriam, Raquel fechou os olhos, mas Míriam a faria renascer a cada instante que revelasse a sua história.
Míriam levou o corpo da jovem nobre até o salão, e lá a deixou. Em seguida deixou a grande casa e andou pela Judéia, por Jerusalém, até chegar a Galiléia.
Ali encontrou Onofre, um velho que sentado contava histórias de Reis e Rainhas, Faraós e na verdade sua infinidade de mulheres.
- O que quer mulher? uma história? Qual preferes? Do messias, ou de Afrodite e Espartacus?.
- Não venho aqui ouvir uma história, venho lhe contar uma.
- Sei de todas, não há história alguma que eu não saiba.
- Conhece a história de Raquel?
- Sim. Ou melhor um pouco.
Então lhe contarei.
- Sei de todas, não há história alguma que eu não saiba.
- Conhece a história de Raquel?
- Sim. Ou melhor um pouco.
Então lhe contarei.
CAPÍTULO I
Jerusalém conhecera o Messias, mas poucos sabem de Raquel. Nascida nas margens do rio Nilo, na casa do poderoso Faraó Enéro, segundo na sucessão do trono do Egito.
Raquel era filha da terceira mulher do Faraó, o nome de sua mãe: Lavínia.
Lavínia era doce e bela, fora a mulher que Enéro mais amou, por ela fazia nascer água no deserto e chuva onde a seca imperava.
Nas cheias do Nilo, as riquezas vinham aos milhares e o Faraó a presenteava com amor.
A primeira mulher de Enéro se irritava com tamanho amor, e eu vi muitas vezes ela querer dar um fim na doce Lavínia.
Naquela manhã a casa do Faraó ouviria o grande Jelário, vindo da Macedônia trazia o filho Helvídio, e era desejo de todos que ele desposasse a bela e doce Raquel.
Raquel contava com 9 anos e em seu quarto me disse:
- Não quero, boa Míriam. Sou tão nova para me casar.
- Seu pai sabe disso, e só espera uma aproximação, se comprometerão apenas.
Raquel era uma boa menina, era educada e humilde, não tinha olhos firmes, nem expressão de quem lutava no olhar. Tinha um jeito alegre de ser, sorria muito, e logo pensava eu, ela se acostumaria, seria uma das mulheres de Helvídio, talvez a primeira delas.
Mas, será que ela se acostumaria a ser casada e entenderia o que o pai gostaria.
Lavínia não tinha direito algum de opinar sobre o futuro da filha.
Eufrázia, a primeira mulher do Faraó era má, nunca conseguira dar filhos ao grande Enéro e a segunda esposa, fugira com um comerciante de pele de animais.
Por isso, Raquel tinha tudo.
Naquele dia, me lembro que ela colocou uma túnica branca e amarrou seu cinto dourado. Ela desceu belíssima, nos cabelos claros, um pente dourado, sorria. Raquel era assim.
Ela desceu as escadas e Helvídio, que contava 12 ou 13 anos, lhe olhou com carinho.
Pensei que talvez o enlace a fizesse feliz. Enganei-me.
No dia marcado, Helvídio veio para a casa afim de finalizar os acordos do casamento.
Naquele dia Raquel saíra pela manhã com a criada Eva, e não voltariam cedo.
A cidade estava cheia, pessoas de todas as partes do Egito se juntavam para esperarem o Messias.
Raquel era transportada em sua cadeira e viu a multidão que aguardava o Messias.
Ele falaria ao povo na montanha próxima e com ele estariam os seus apóstolos.
Raquel naquele instante pediu:
- Levem-me para a montanha.
- Não pode ir com esses trajes, disse Eva.
- Dê-me um capuz.
Eva lhe estendeu o seu e assim ela foi até a montanha.
Esperou e já se fazia noite, quando como um Deus, o Messias, de nome Jesus Nazareno apareceu estendendo as mãos para o povo que se acomodava para ouvi-lo.
-“ Feliz daqueles que carregam a fé, bem aventurados são aqueles que crêem em Deus. Dividi o pão com o próximo e nesse momento encontrarão a paz.”
Raquel percebeu nele o olhar límpido, puro, diferente dos Deuses que sua família idolatrava.
Ele não levava ouro, nem vestes bonitas e nem sandálias feitas com o bom couro. Tinha, isto sim uma túnica branca, tão limpa quanto a sua, nos pés a sandália surrada de couro, nada de ouro, nem mesmo uma corrente. Tinha os cabelos longos e a barba cumprida.
Suas mãos se mexiam como se ele fosse um pássaro que libertaria todos os homens.
Ele falou à multidão e com suas mãos curou crianças, depois partiu com seus apóstolos.
Algumas pessoas ainda ficaram paradas olhando para o céu, como se ainda ouvissem o que Jesus dizia.
Outras iam se dispersando aliviadas, uma ainda dizia:
- Não acredito nesse Messias.
Raquel sabia de si, encontrara a paz nas poucas, mas grandes palavras do Messias.
Conduzida para casa, parecia levitar ou voar, não esquecera uma só palavra de sua pregação, não falara em sacrifício, nem tampouco em ouro e poder.
Falara dos homens, de como deveriam ser para serem salvos da imundice das camadas do Egito.
No dia marcado, Helvídio veio para a casa afim de finalizar os acordos do casamento.
Naquele dia Raquel saíra pela manhã com a criada Eva, e não voltariam cedo.
A cidade estava cheia, pessoas de todas as partes do Egito se juntavam para esperarem o Messias.
Raquel era transportada em sua cadeira e viu a multidão que aguardava o Messias.
Ele falaria ao povo na montanha próxima e com ele estariam os seus apóstolos.
Raquel naquele instante pediu:
- Levem-me para a montanha.
- Não pode ir com esses trajes, disse Eva.
- Dê-me um capuz.
Eva lhe estendeu o seu e assim ela foi até a montanha.
Esperou e já se fazia noite, quando como um Deus, o Messias, de nome Jesus Nazareno apareceu estendendo as mãos para o povo que se acomodava para ouvi-lo.
-“ Feliz daqueles que carregam a fé, bem aventurados são aqueles que crêem em Deus. Dividi o pão com o próximo e nesse momento encontrarão a paz.”
Raquel percebeu nele o olhar límpido, puro, diferente dos Deuses que sua família idolatrava.
Ele não levava ouro, nem vestes bonitas e nem sandálias feitas com o bom couro. Tinha, isto sim uma túnica branca, tão limpa quanto a sua, nos pés a sandália surrada de couro, nada de ouro, nem mesmo uma corrente. Tinha os cabelos longos e a barba cumprida.
Suas mãos se mexiam como se ele fosse um pássaro que libertaria todos os homens.
Ele falou à multidão e com suas mãos curou crianças, depois partiu com seus apóstolos.
Algumas pessoas ainda ficaram paradas olhando para o céu, como se ainda ouvissem o que Jesus dizia.
Outras iam se dispersando aliviadas, uma ainda dizia:
- Não acredito nesse Messias.
Raquel sabia de si, encontrara a paz nas poucas, mas grandes palavras do Messias.
Conduzida para casa, parecia levitar ou voar, não esquecera uma só palavra de sua pregação, não falara em sacrifício, nem tampouco em ouro e poder.
Falara dos homens, de como deveriam ser para serem salvos da imundice das camadas do Egito.
Raquel entrou na casa pensando em Jesus de Nazaré e de repente os Deuses
pareciam vazios.
Seu pai a esperava com impaciência e assim que ela entrou perguntou:
- Onde estava você Raquel? A noite caiu, Helvídio aqui já esteve e eu não queria aqui estar. Passei vergonha.
- Pai, fui ouvir o Messias Jesus de Nazaré que aqui está.
Enéro tornou-se avermelhado e com as mãos na mesa bateu.
- Que vergonha, minha filha aderindo ao cristianismo, acreditando em um Deus homem, um homem pobre que vende ilusões aos pobres, mutilados e leprosos. Não creio que me traíste.
- Nada fiz, pai. Só ouvi a palavra do Messias.
- Cale-se gritou ele, segurando nos braços da pequena criança.
- Se casará tão já, honrará os Deuses e obedecerá seu marido. Criança impura. Esquecerá esse Jesus dos pobres que vive acompanhado de leprosos e mutilados. Assim será.
- Sim Senhor.
Naquela noite Raquel não dormiu. A pequena impura como o pai a chamou não chorou, mas também não sonhou.
Aos 14 anos se casaria, e então se mudaria para a casa que Helvídio ganhara do pai.
Me lembro que ela olhou a lua e ouvira os murmúrios vindo das prisões subterrâneas, alguém gritava, no fundo muitos assim faziam, outros talvez não tivessem fôlego, mas apenas coração, que sofria calado.
- Raquel, deves aceitar vossa vida, disse eu tentando ajudá-la, mas lá estava ela calada. Pensava no Messias, na sua pureza, na beleza de sua alma.
Naquele dia nascia em Raquel o desejo de segui-lo, mesmo que de longe e ajudar a todos, talvez esse dia a condenasse.
Na manhã seguinte, percebi que Raquel estava longe, calada, não mais sorria, parecia ouvir algo.
Enéro que a custo tentara esquecer a tragédia passada disse:
- Lavínia, disseste a sua filha quando será o casamento?
- Não senhor
Eufrázia logo disse:
- Nas vésperas de seus quinze anos, Raquel partirá para a vida de casada.
Notei que Raquel parecia não ouvi-los, e a mãe perguntou docemente:
- Sente-se bem minha filha ?
- Sim, mãe, muito bem. Passe-me o pão.
Seu pai a esperava com impaciência e assim que ela entrou perguntou:
- Onde estava você Raquel? A noite caiu, Helvídio aqui já esteve e eu não queria aqui estar. Passei vergonha.
- Pai, fui ouvir o Messias Jesus de Nazaré que aqui está.
Enéro tornou-se avermelhado e com as mãos na mesa bateu.
- Que vergonha, minha filha aderindo ao cristianismo, acreditando em um Deus homem, um homem pobre que vende ilusões aos pobres, mutilados e leprosos. Não creio que me traíste.
- Nada fiz, pai. Só ouvi a palavra do Messias.
- Cale-se gritou ele, segurando nos braços da pequena criança.
- Se casará tão já, honrará os Deuses e obedecerá seu marido. Criança impura. Esquecerá esse Jesus dos pobres que vive acompanhado de leprosos e mutilados. Assim será.
- Sim Senhor.
Naquela noite Raquel não dormiu. A pequena impura como o pai a chamou não chorou, mas também não sonhou.
Aos 14 anos se casaria, e então se mudaria para a casa que Helvídio ganhara do pai.
Me lembro que ela olhou a lua e ouvira os murmúrios vindo das prisões subterrâneas, alguém gritava, no fundo muitos assim faziam, outros talvez não tivessem fôlego, mas apenas coração, que sofria calado.
- Raquel, deves aceitar vossa vida, disse eu tentando ajudá-la, mas lá estava ela calada. Pensava no Messias, na sua pureza, na beleza de sua alma.
Naquele dia nascia em Raquel o desejo de segui-lo, mesmo que de longe e ajudar a todos, talvez esse dia a condenasse.
Na manhã seguinte, percebi que Raquel estava longe, calada, não mais sorria, parecia ouvir algo.
Enéro que a custo tentara esquecer a tragédia passada disse:
- Lavínia, disseste a sua filha quando será o casamento?
- Não senhor
Eufrázia logo disse:
- Nas vésperas de seus quinze anos, Raquel partirá para a vida de casada.
Notei que Raquel parecia não ouvi-los, e a mãe perguntou docemente:
- Sente-se bem minha filha ?
- Sim, mãe, muito bem. Passe-me o pão.
Lavínia assim o fez e Enéro notando a expressão da moça irritou-se.
- Para a quarto Raquel. Conhecerás a lição.
Eufrázia sorriu e Lavínia calma disse:
- Senhor, não a machuque.
- Cara Lavínia, ele esteve em pecado, em erro, e sonha com tal ocasião.
Naquela manhã, Raquel levou duas chicotadas, como se fosse uma escrava. Foi a única vez que ele a tocou, a primeira e a última.
Por dois dias ela ficou sem comida, mas nada adiantou. Raquel assistia pelas janelas o Messias abraçar a multidão e seus discursos eram cheios de amor.
Tranquem as janelas.
E assim fizeram, trancaram janelas e pregos foram colocados para que ela não pudesse alcançar as janelas.
Nos ouvidos colocaram um líquido quente com algodão. Nunca vi tamanha tortura, percebi que não adiantaria.
Então naquele dia percebi que só a deteriam se arrancassem sua lembrança.
Ela ouvia o Messias através da recordação daquela noite.
Ao fim de 17 dias, fui eu mesma libertá-la.
Ainda tinha nos ouvidos o algodão, os pés estavam ensangüentados, os pregos lhe abriram feridas na sola dos pés. Percebi que ela fora amarrada na cama e só fora solta porque Lavínia ameaçou se matar, caso ele continuasse a tortura.
- Estás bem criança Raquel ?
Raquel estava pálida, mas me deu um sorriso tão lindo, que nem mesmo quando meu filho nasceu, vi tamanho sorriso.
O pai chorava pela filha, dizia que ela se contaminara com a pobreza.
- Ela sempre foi assim, pobre, disse Eufrázia. Sempre nos obedeceu e teve tudo que uma criança gostaria. Depois desse Jesus, iludira-se.
Realmente os dias que se seguiram em nada mudaram. As grades ainda estavam em suas janelas, mas ela felizmente não estava mais presa por grossas correntes.
Naquela noite ouvira a palavra de Jesus, talvez em tom alto demais ou talvez tão baixo só para ela ouvir:
- “Liberte-se, para libertar”.
- Para a quarto Raquel. Conhecerás a lição.
Eufrázia sorriu e Lavínia calma disse:
- Senhor, não a machuque.
- Cara Lavínia, ele esteve em pecado, em erro, e sonha com tal ocasião.
Naquela manhã, Raquel levou duas chicotadas, como se fosse uma escrava. Foi a única vez que ele a tocou, a primeira e a última.
Por dois dias ela ficou sem comida, mas nada adiantou. Raquel assistia pelas janelas o Messias abraçar a multidão e seus discursos eram cheios de amor.
Tranquem as janelas.
E assim fizeram, trancaram janelas e pregos foram colocados para que ela não pudesse alcançar as janelas.
Nos ouvidos colocaram um líquido quente com algodão. Nunca vi tamanha tortura, percebi que não adiantaria.
Então naquele dia percebi que só a deteriam se arrancassem sua lembrança.
Ela ouvia o Messias através da recordação daquela noite.
Ao fim de 17 dias, fui eu mesma libertá-la.
Ainda tinha nos ouvidos o algodão, os pés estavam ensangüentados, os pregos lhe abriram feridas na sola dos pés. Percebi que ela fora amarrada na cama e só fora solta porque Lavínia ameaçou se matar, caso ele continuasse a tortura.
- Estás bem criança Raquel ?
Raquel estava pálida, mas me deu um sorriso tão lindo, que nem mesmo quando meu filho nasceu, vi tamanho sorriso.
O pai chorava pela filha, dizia que ela se contaminara com a pobreza.
- Ela sempre foi assim, pobre, disse Eufrázia. Sempre nos obedeceu e teve tudo que uma criança gostaria. Depois desse Jesus, iludira-se.
Realmente os dias que se seguiram em nada mudaram. As grades ainda estavam em suas janelas, mas ela felizmente não estava mais presa por grossas correntes.
Naquela noite ouvira a palavra de Jesus, talvez em tom alto demais ou talvez tão baixo só para ela ouvir:
- “Liberte-se, para libertar”.
Raquel tentara aceitar sua situação para que pudesse ser solta e então
caminhar com o Messias.
Em 3 dias tirariam as grades da janela e ela já podia sair pela cidade.
O Messias ainda era o bem mais precioso, quando podia e às escondidas ouvia as suas palavras e abraçava as pessoas que com ele caminhavam, e isto enchia seu coração de alegria.
CAPITULO II
Mas o grande dia chegara e ela foi de encontro ao seu destino.
A cidade se encheu de grandes nomes e Helvídio lá estava junto com o pai e vários amigos.
Naquele dia a pequena Raquel fora assistir a disputa entre um homem e um leão no grande circo a pedido do embaixador Demóstenes, amigo de seu pai.
Ela tinha os olhos abertos, mas o coração fechado. Naquele dia três escravos foram sacrificados e aquilo lhe enojou.
Finalmente Helvídio a recebeu e assim Raquel se casou e foi para uma nova casa no Egito.
Ainda me lembro que ela sorria, não para nós, mas para o Messias.
E assim foi, chegaram ao Egito, o Messias passara por ela e lhe sorria, como se dissesse:
- Lhe confio meus pobres.
Naquele mesmo dia ela mudou. Eu diria que estava enfeitiçada, mas na verdade ela estava mais forte, embora o próprio pai pensasse o contrário.
E ela levou-me consigo, levou a boa Eva também e comprou uma escrava de nome Dolores.
A escrava parecia ser um pouco mais velha que ela e sofria com a sua condição.
Lembro-me quando Raquel a chamou e assim disse:
- Lhe compro para libertá-la. Sou contra a escravidão, somos todos servidores do bom Deus. Conheces o Messias, Dolores?
- Já o vi senhora
- Já o ouviste?
- Não senhora
- É a musica mais linda que ouvi, consegue entender? O bom Jesus de Nazaré é humilde e ama os pobres.
- Sei disso senhora.
- Dolores, espero que seja feliz aqui.
Raquel consumou o casamento naquele dia com tristeza, nesta mesma noite Helvídio fora rude e a machucara, Raquel não chorou e isso mais o irritava.
Em 3 dias tirariam as grades da janela e ela já podia sair pela cidade.
O Messias ainda era o bem mais precioso, quando podia e às escondidas ouvia as suas palavras e abraçava as pessoas que com ele caminhavam, e isto enchia seu coração de alegria.
CAPITULO II
Mas o grande dia chegara e ela foi de encontro ao seu destino.
A cidade se encheu de grandes nomes e Helvídio lá estava junto com o pai e vários amigos.
Naquele dia a pequena Raquel fora assistir a disputa entre um homem e um leão no grande circo a pedido do embaixador Demóstenes, amigo de seu pai.
Ela tinha os olhos abertos, mas o coração fechado. Naquele dia três escravos foram sacrificados e aquilo lhe enojou.
Finalmente Helvídio a recebeu e assim Raquel se casou e foi para uma nova casa no Egito.
Ainda me lembro que ela sorria, não para nós, mas para o Messias.
E assim foi, chegaram ao Egito, o Messias passara por ela e lhe sorria, como se dissesse:
- Lhe confio meus pobres.
Naquele mesmo dia ela mudou. Eu diria que estava enfeitiçada, mas na verdade ela estava mais forte, embora o próprio pai pensasse o contrário.
E ela levou-me consigo, levou a boa Eva também e comprou uma escrava de nome Dolores.
A escrava parecia ser um pouco mais velha que ela e sofria com a sua condição.
Lembro-me quando Raquel a chamou e assim disse:
- Lhe compro para libertá-la. Sou contra a escravidão, somos todos servidores do bom Deus. Conheces o Messias, Dolores?
- Já o vi senhora
- Já o ouviste?
- Não senhora
- É a musica mais linda que ouvi, consegue entender? O bom Jesus de Nazaré é humilde e ama os pobres.
- Sei disso senhora.
- Dolores, espero que seja feliz aqui.
Raquel consumou o casamento naquele dia com tristeza, nesta mesma noite Helvídio fora rude e a machucara, Raquel não chorou e isso mais o irritava.
Ele mostrou-se má pessoa e um marido ruim. Mas os meses foram passando,
um ano talvez, me lembro do dia Raquel adormecera e não pode ouvir os gritos
que eu e Eva ouvimos. Vinha do quarto de Dolores.
Helvídio a seviciara e a moça que por um momento chegou a pensar que seria feliz, viu a ilusão sumir.
Na manhã seguinte Dolores serviu a senhora e à Helvídio com o rosto machucado.
- O que há no seu rosto Dolores?
- Nada senhora.
Helvídio ainda sorriu e disse:
- Ela gostou da noite
Dolores saiu entre lágrimas e eu nunca vi tanto ódio nos olhos de Raquel, naquele dia ela atirou a mesa sobre ele e avançou esbofeteando-o.
Quem viu a doce Raquel diria que ela enlouquecera.
Era natural, nós escravas, sermos mulheres também dos nossos senhores. Mas o modo que ele debochou da moça e o modo como falou, fez com que a bela Raquel virasse um animal, como os leões que divertem o povo antes de devorar os escravos.
Me lembro que Helvídio revidou dando um murro, que Raquel foi atirada contra a parede e caiu no chão.
Eu quis esmurrá-lo também, e Eva, creio eu, também o quis machucar. Talvez se tivéssemos tido a coragem de Raquel, não teríamos sido a vida toda escravas.
Ela caiu desacordada, Helvídio, o pequeno meninote que a pouco tempo tinha entrado pela porta e olhado a menina com carinho, era o sonho agora de filho para pai.
O meninote que me fez encorajar Raquel parecia transformado, chutou ainda a barriga da pobre moça e deixou a casa.
Dolores, eu e Eva acudimos Raquel que perdia sangue. Nós a levamos ao banho e a água se avermelhou, pela minha experiência, sabia que Raquel perdera seu primeiro filho, filho este que deveria ser motivo de festa e alegria para os pais. Perdeu o bebe como uma escrava e eu mesmo perdi o meu e vi muitas outras perderem.
Os senhores dão e depois arrebentam seus filhos.
Raquel calada, não chorava, enquanto eu lhe dizia o que acreditava ser.
- A senhora perdeu o bebe, a senhora é tão nova, é uma criança.
- Criança impura, disse ela me olhando.
Helvídio a seviciara e a moça que por um momento chegou a pensar que seria feliz, viu a ilusão sumir.
Na manhã seguinte Dolores serviu a senhora e à Helvídio com o rosto machucado.
- O que há no seu rosto Dolores?
- Nada senhora.
Helvídio ainda sorriu e disse:
- Ela gostou da noite
Dolores saiu entre lágrimas e eu nunca vi tanto ódio nos olhos de Raquel, naquele dia ela atirou a mesa sobre ele e avançou esbofeteando-o.
Quem viu a doce Raquel diria que ela enlouquecera.
Era natural, nós escravas, sermos mulheres também dos nossos senhores. Mas o modo que ele debochou da moça e o modo como falou, fez com que a bela Raquel virasse um animal, como os leões que divertem o povo antes de devorar os escravos.
Me lembro que Helvídio revidou dando um murro, que Raquel foi atirada contra a parede e caiu no chão.
Eu quis esmurrá-lo também, e Eva, creio eu, também o quis machucar. Talvez se tivéssemos tido a coragem de Raquel, não teríamos sido a vida toda escravas.
Ela caiu desacordada, Helvídio, o pequeno meninote que a pouco tempo tinha entrado pela porta e olhado a menina com carinho, era o sonho agora de filho para pai.
O meninote que me fez encorajar Raquel parecia transformado, chutou ainda a barriga da pobre moça e deixou a casa.
Dolores, eu e Eva acudimos Raquel que perdia sangue. Nós a levamos ao banho e a água se avermelhou, pela minha experiência, sabia que Raquel perdera seu primeiro filho, filho este que deveria ser motivo de festa e alegria para os pais. Perdeu o bebe como uma escrava e eu mesmo perdi o meu e vi muitas outras perderem.
Os senhores dão e depois arrebentam seus filhos.
Raquel calada, não chorava, enquanto eu lhe dizia o que acreditava ser.
- A senhora perdeu o bebe, a senhora é tão nova, é uma criança.
- Criança impura, disse ela me olhando.
Para ela fora uma dor que jamais esqueceu, ouvir o pai lhe dizer aquilo
apenas por ter apreciado a palavra de um homem tão bom.
- Perdeste, mas poderá voltar a ter outro, disse eu tentando encorajá-la, mesmo surpresa porque nunca vi cena tão deprimente com uma filha de Faraó, pensei confesso em contar a senhora Lavínia, para que esta contasse ao Faraó, mas ele sempre daria razão a Helvídio, era ele que ela deveria amar e respeitar.
Naquela noite Raquel chamou Dolores e lhe disse como se sentisse culpa.
- Perdoe-me Dolores, fuja querida.
Dolores parecia meia quieta e boba demais, medrosa, mas naquele momento ela disse com uma firmeza que desconheci:
- Nunca a abandonarei senhora, e por sua vida, eu darei a minha.
Naquele momento eu conheci duas mulheres, boas, pacatas e conformadas se transformarem em grandes mulheres, e elas mal tinham começado tudo o que viriam a fazer, juntas como irmãs, unidas pela amizade.
CAPÍTULO III
Nunca mais Raquel tocou no assunto do bebe, em nenhum momento chorou ou lamentou.
Não olhava Helvídio com ódio, mas com asco, com pena e aquilo o atormentava.
Não se passara muito tempo desde o acontecido e em uma tarde Helvídio atacou Dolores novamente, ela se calou porque ouvira Raquel dizer:
- “O conformado pode agir melhor que aquele muito luta.”
De fato, Raquel não soube do acontecido, mas após seis meses de machucar Dolores e ela se calar Helvídio a deixou em paz.
Na verdade, ele era muito ruim, queria vê-la gritar e chorar, quando não mais conseguiu, resolveu deixá-la.
Raquel ainda era obrigada a visitar o marido em certas noites, e ela fazia como se isto não a abalasse. Mas quando voltava a seu quarto, tínhamos que nos banhar, ela vomitava como se houvesse dormido com um camelo.
Logo Raquel pode se libertar, Helvídio viajou à Macedônia para cuidar dos negócios do irmão mais velho que adoecera, e ela pudera fazer o que realmente desejava.
Sua condição não a ajudava muito, já que no ventre levava um pequenino.
- Perdeste, mas poderá voltar a ter outro, disse eu tentando encorajá-la, mesmo surpresa porque nunca vi cena tão deprimente com uma filha de Faraó, pensei confesso em contar a senhora Lavínia, para que esta contasse ao Faraó, mas ele sempre daria razão a Helvídio, era ele que ela deveria amar e respeitar.
Naquela noite Raquel chamou Dolores e lhe disse como se sentisse culpa.
- Perdoe-me Dolores, fuja querida.
Dolores parecia meia quieta e boba demais, medrosa, mas naquele momento ela disse com uma firmeza que desconheci:
- Nunca a abandonarei senhora, e por sua vida, eu darei a minha.
Naquele momento eu conheci duas mulheres, boas, pacatas e conformadas se transformarem em grandes mulheres, e elas mal tinham começado tudo o que viriam a fazer, juntas como irmãs, unidas pela amizade.
CAPÍTULO III
Nunca mais Raquel tocou no assunto do bebe, em nenhum momento chorou ou lamentou.
Não olhava Helvídio com ódio, mas com asco, com pena e aquilo o atormentava.
Não se passara muito tempo desde o acontecido e em uma tarde Helvídio atacou Dolores novamente, ela se calou porque ouvira Raquel dizer:
- “O conformado pode agir melhor que aquele muito luta.”
De fato, Raquel não soube do acontecido, mas após seis meses de machucar Dolores e ela se calar Helvídio a deixou em paz.
Na verdade, ele era muito ruim, queria vê-la gritar e chorar, quando não mais conseguiu, resolveu deixá-la.
Raquel ainda era obrigada a visitar o marido em certas noites, e ela fazia como se isto não a abalasse. Mas quando voltava a seu quarto, tínhamos que nos banhar, ela vomitava como se houvesse dormido com um camelo.
Logo Raquel pode se libertar, Helvídio viajou à Macedônia para cuidar dos negócios do irmão mais velho que adoecera, e ela pudera fazer o que realmente desejava.
Sua condição não a ajudava muito, já que no ventre levava um pequenino.
Mas, naquele dia soubera que o Messias por lá passaria e discursaria na
mesma montanha.
Ouvira Jesus uma única vez, mas parecia ter ouvido muitas, já que revivia suas palavras desde aquela primeira vez.
As pessoas já se aglomeravam, uma verdadeira multidão, leprosos vinham em grupos buscar na palavra de Jesus, os pedaços que lhes faltavam na alma.
Ela já estava lá, acomodou-se com dificuldade e logo ele foi chegando acompanhado de seus apóstolos.
Um homem disse:
- Como saberei se é o Messias?
- É, como vamos saber? gritou o outro.
Jesus ouviu, não gritou, nem rude foi, disse apenas:
- “Aqueles que crêem em mim, sabem que eu sou. Sou o filho de Deus.”
Jesus passou por ela e em seus olhos ainda dizia:
- Olhai as misérias ao vosso lado.
Raquel nunca mais se esqueceu daquele dia, levara Dolores para também ouvir.
Naquele dia ela levou boa parte de suas jóias e trocou com comerciantes pelas especiarias e pelo pão e pela água.
Levou com a ajuda de alguns escravos e amigos aos leprosos, levou panos, comida e carinho.
De longe aqueles olhos abençoaram aquela que nascera para amar, como Jesus.
Certa tarde, ela começou suar, as contrações aumentaram e ela chamou pela mãe.
Eu fui rápido a casa do senhor Enéro e os chamei.
Lavínia veio com Enéro e com alegria a criança veio ao mundo.
Era homem e seu nome seria Enério em homenagem ao pai.
Raquel tinha alegria nos olhos e não se sentia só.
Helvídio chegou na manhã seguinte, trouxe com ele uma escrava para lhe satisfazer os desejos, embora sua barriga revelasse sua condição.
Ouvira Jesus uma única vez, mas parecia ter ouvido muitas, já que revivia suas palavras desde aquela primeira vez.
As pessoas já se aglomeravam, uma verdadeira multidão, leprosos vinham em grupos buscar na palavra de Jesus, os pedaços que lhes faltavam na alma.
Ela já estava lá, acomodou-se com dificuldade e logo ele foi chegando acompanhado de seus apóstolos.
Um homem disse:
- Como saberei se é o Messias?
- É, como vamos saber? gritou o outro.
Jesus ouviu, não gritou, nem rude foi, disse apenas:
- “Aqueles que crêem em mim, sabem que eu sou. Sou o filho de Deus.”
Jesus passou por ela e em seus olhos ainda dizia:
- Olhai as misérias ao vosso lado.
Raquel nunca mais se esqueceu daquele dia, levara Dolores para também ouvir.
Naquele dia ela levou boa parte de suas jóias e trocou com comerciantes pelas especiarias e pelo pão e pela água.
Levou com a ajuda de alguns escravos e amigos aos leprosos, levou panos, comida e carinho.
De longe aqueles olhos abençoaram aquela que nascera para amar, como Jesus.
Certa tarde, ela começou suar, as contrações aumentaram e ela chamou pela mãe.
Eu fui rápido a casa do senhor Enéro e os chamei.
Lavínia veio com Enéro e com alegria a criança veio ao mundo.
Era homem e seu nome seria Enério em homenagem ao pai.
Raquel tinha alegria nos olhos e não se sentia só.
Helvídio chegou na manhã seguinte, trouxe com ele uma escrava para lhe satisfazer os desejos, embora sua barriga revelasse sua condição.
Beijou o filho com alegria e talvez naquele dia Raquel se lembrasse
daquele que ele matara.
Mas o problema apenas começara.
No jantar Helvídio anunciou que levaria o filho com ele.
- Vou levar Enério comigo e cuidarei de sua educação por lá.
- Não pode fazer isso, é um bebê, tem horas de vida, precisa da mãe.
- Não me contrarie Raquel, disse ele virando a mesa e toda a comida por cima de Raquel.
Lembro-me que eu, Eva e Dolores tivemos que segurá-la enquanto ele lhe arrancava a criança dos braços.
Enério se foi e por três meses ficou entre a vida e a morte, a tal escrava cuidou dele como pode, depois fugiu das malvadezas de Helvídio.
Desta forma Helvídio passou a vir quase sempre para casa, mas não trazia a criança.
- Onde está meu filho?
- Bem Raquel. Não me atormente.
Para ela foi difícil conformar-se, mas se separara definitivamente da criança.
Pouco tempo se passou e Raquel novamente receberia um filho.
- Míriam, não quero que levem meu bebê de novo.
Eu tentava ajudá-la, mas eu também temia.
- Acalme-se Raquel, tudo vai dar certo..
Foi então que certo dia Helvídio perguntou qual seria o nome da criança.
Raquel pensou em um nome belo e resolveu chamá-lo de José. Mas nada disse.
Calou-se por meses até a hora do nascimento
Ela o chamou, de José, pai de Jesus
- De que ela o chama
- De José Pai de Jesus. O Messias disse eu
- Malditos sejam vocês cristãos, berrou ele, lembro-me que tentou arrancar a criança de seus braços, mas não conseguira, Lavínia tentou contê-lo.
- Vou matá-la
- Mate. Disse ela. Ele sempre será para mim a bondade, seja lá o nome que tiver, será bom e humilde como Jesus.
Naquele dia eu chorei. Quando Lavínia foi embora ele pediu que cuidássemos do bebê José. E três dias depois jurou expulsar o Messias.
-Tentou e conseguiu por um tempo, mas Jesus sempre vinha ao encontro dos necessitados.
Ele saiu naquele dia e falar com o faraó Enéro.
- Raquel passou dos limites, colocou o nome de um desses em nosso filho, parece que a criança está contaminada.
Mas o problema apenas começara.
No jantar Helvídio anunciou que levaria o filho com ele.
- Vou levar Enério comigo e cuidarei de sua educação por lá.
- Não pode fazer isso, é um bebê, tem horas de vida, precisa da mãe.
- Não me contrarie Raquel, disse ele virando a mesa e toda a comida por cima de Raquel.
Lembro-me que eu, Eva e Dolores tivemos que segurá-la enquanto ele lhe arrancava a criança dos braços.
Enério se foi e por três meses ficou entre a vida e a morte, a tal escrava cuidou dele como pode, depois fugiu das malvadezas de Helvídio.
Desta forma Helvídio passou a vir quase sempre para casa, mas não trazia a criança.
- Onde está meu filho?
- Bem Raquel. Não me atormente.
Para ela foi difícil conformar-se, mas se separara definitivamente da criança.
Pouco tempo se passou e Raquel novamente receberia um filho.
- Míriam, não quero que levem meu bebê de novo.
Eu tentava ajudá-la, mas eu também temia.
- Acalme-se Raquel, tudo vai dar certo..
Foi então que certo dia Helvídio perguntou qual seria o nome da criança.
Raquel pensou em um nome belo e resolveu chamá-lo de José. Mas nada disse.
Calou-se por meses até a hora do nascimento
Ela o chamou, de José, pai de Jesus
- De que ela o chama
- De José Pai de Jesus. O Messias disse eu
- Malditos sejam vocês cristãos, berrou ele, lembro-me que tentou arrancar a criança de seus braços, mas não conseguira, Lavínia tentou contê-lo.
- Vou matá-la
- Mate. Disse ela. Ele sempre será para mim a bondade, seja lá o nome que tiver, será bom e humilde como Jesus.
Naquele dia eu chorei. Quando Lavínia foi embora ele pediu que cuidássemos do bebê José. E três dias depois jurou expulsar o Messias.
-Tentou e conseguiu por um tempo, mas Jesus sempre vinha ao encontro dos necessitados.
Ele saiu naquele dia e falar com o faraó Enéro.
- Raquel passou dos limites, colocou o nome de um desses em nosso filho, parece que a criança está contaminada.
- E deve estar, esteve no ventre dela todo esse tempo, temo que Raquel
também e eu tentei impedir, mas acho que ela nunca esteve com essa massa de
pobres.
- São monoteistas, acreditam no tal Jesus.
- Tome uma decisão. És o marido, faça o que deverá ser feito.
Lembro-me que ela olhava pela janela com seu bebê no colo quando ele entrou.
- Levem a criança para dormir.
Ele a amarrou na cama e fechou todo o quarto com madeira. O quarto transformou-se em um lugar de tortura, pregos pelo chão, como seu pai havia feito, e erva picante para que não mais pronunciasse o nome do Messias.
Helvídio ia e vinha da Macedônia e pegara aversão pela criança.
Raquel continuava presa e sofrendo somente por acreditar em Jesus.
Por muitas vezes eu queria mudar as coisas, mas Raquel era uma moça sofrida e além da mãe, nem o pai a queria bem.
Por muitos dias Raquel ficou presa no quarto, eu levava o bebê José ao seu encontro, sempre às escondidas e ela apesar da dor que sentia me dizia:
- Míriam, sou tão feliz por ter meu filho em meus braços.
Na verdade Helvídio não soubera de Jesus antes do bebê e eu perguntei a Raquel:
- Criança porque revelaste sua adoração por Jesus de Nazaré.
Naquele momento Raquel parecia levitar, ela me olhou com carinho e amor e me disse:
- Boa Míriam, só se separando do meu marido ele deixaria meu filho aqui.
Ela separara pai e filho e juntou seu ideal junto a bondade de Jesus e mesmo machucada e sofrida, sabia que seu filho José estava ali.
Raquel fez com que eu muitas vezes pensasse em segui-la, mas nunca tive a coragem dela.
O quarto continuava trancado, escuro com as janelas lacradas por madeira, ao fim de vinte dias, Helvídio voltou para cada e me disse:
- Escrava, tire Raquel do castigo. Já basta creio eu.
Naquela tarde tirei Raquel do quarto, Eva lhe deu um banho, mas as feridas lhe consumiam o corpo. Estava abatida, mas não chorava.
Deitamos Raquel em seu novo quarto, lá lhe demos pão e vinho, cortamos seu cabelo e lhe demos carinho.
- Fuja disse eu, como um desabafo.
- São monoteistas, acreditam no tal Jesus.
- Tome uma decisão. És o marido, faça o que deverá ser feito.
Lembro-me que ela olhava pela janela com seu bebê no colo quando ele entrou.
- Levem a criança para dormir.
Ele a amarrou na cama e fechou todo o quarto com madeira. O quarto transformou-se em um lugar de tortura, pregos pelo chão, como seu pai havia feito, e erva picante para que não mais pronunciasse o nome do Messias.
Helvídio ia e vinha da Macedônia e pegara aversão pela criança.
Raquel continuava presa e sofrendo somente por acreditar em Jesus.
Por muitas vezes eu queria mudar as coisas, mas Raquel era uma moça sofrida e além da mãe, nem o pai a queria bem.
Por muitos dias Raquel ficou presa no quarto, eu levava o bebê José ao seu encontro, sempre às escondidas e ela apesar da dor que sentia me dizia:
- Míriam, sou tão feliz por ter meu filho em meus braços.
Na verdade Helvídio não soubera de Jesus antes do bebê e eu perguntei a Raquel:
- Criança porque revelaste sua adoração por Jesus de Nazaré.
Naquele momento Raquel parecia levitar, ela me olhou com carinho e amor e me disse:
- Boa Míriam, só se separando do meu marido ele deixaria meu filho aqui.
Ela separara pai e filho e juntou seu ideal junto a bondade de Jesus e mesmo machucada e sofrida, sabia que seu filho José estava ali.
Raquel fez com que eu muitas vezes pensasse em segui-la, mas nunca tive a coragem dela.
O quarto continuava trancado, escuro com as janelas lacradas por madeira, ao fim de vinte dias, Helvídio voltou para cada e me disse:
- Escrava, tire Raquel do castigo. Já basta creio eu.
Naquela tarde tirei Raquel do quarto, Eva lhe deu um banho, mas as feridas lhe consumiam o corpo. Estava abatida, mas não chorava.
Deitamos Raquel em seu novo quarto, lá lhe demos pão e vinho, cortamos seu cabelo e lhe demos carinho.
- Fuja disse eu, como um desabafo.
- Criança Raquel não merece tal castigo, disse Eva, a crueldade com que
é tratada. Lembro-me que Dolores pensava o mesmo, mas Raquel sorriu e nada
disse. Ela parecia não sentir dor, nem parecia ser humana.
Helvídio comentava sobre a pena que a condenara, recebeu Raquel no café e conversou pouco, se referindo a ela como, minha mulher.
Confesso que Helvídio não considerava nada cruel o que fizera, agia como se fosse normal tal violência no casamento.
Lembro-me que naquele dia em nossa casa chegaram alguns escravos, Helvídio escolhera as belas e alguns homens.
Raquel sentada ao seu lado assistia a dança das escravas e o toque dos escravos, os homens tocavam flauta.
Os dias que se seguiram não foram diferentes, Raquel parecia temer o marido e pouco falava.
Eu e Dolores fomos até as margens do Nilo em busca de especiarias, naquele dia Raquel resolveu sair conosco.
Andamos pelo comércio e a venda de escravos prevalecia como fonte de ouro.
Raquel seguia carregada em sua cadeira quando parou a frente de um escravo e perguntou ao comerciante:
- Quanto me custará?
- Pouco para a senhora, leve esse, disse o homem apontando para outro.
- Quero este. Disse ela dando as moedas.
- Basta ?
- Sim senhora, basta. Pagaste bem pelo escravo.
- Raquel mandou que tirassem as correntes que prendiam o escravo e disse:
- Vamos para sua nova casa.
Hermes chegou a casa grande de repente, chegou como escravo, mas para nós nunca fora um.
Era um moço jovem, contava uns 20 ou 23 anos, tinha um porte robusto, e aquilo talvez fez com que Helvídio sentisse ódio do rapaz.
Mas seu ódio não vingara, não tinha razão de ser, pois Raquel nunca conversara com Hermes.
Eu percebia que Raquel estava sendo o que sempre acreditei que seria, ou seja a mulher pacata que obedecia o marido com ardor.
Certa manhã Helvídio deixara a casa e partira para a Macedônia.
Pensei eu que Raquel nada faria, mas ela me perguntou:
- Quando virá O Messias?
- Está na Galiléia senhora, disse Hermes.
- Na Galiléia? Falará lá?
Helvídio comentava sobre a pena que a condenara, recebeu Raquel no café e conversou pouco, se referindo a ela como, minha mulher.
Confesso que Helvídio não considerava nada cruel o que fizera, agia como se fosse normal tal violência no casamento.
Lembro-me que naquele dia em nossa casa chegaram alguns escravos, Helvídio escolhera as belas e alguns homens.
Raquel sentada ao seu lado assistia a dança das escravas e o toque dos escravos, os homens tocavam flauta.
Os dias que se seguiram não foram diferentes, Raquel parecia temer o marido e pouco falava.
Eu e Dolores fomos até as margens do Nilo em busca de especiarias, naquele dia Raquel resolveu sair conosco.
Andamos pelo comércio e a venda de escravos prevalecia como fonte de ouro.
Raquel seguia carregada em sua cadeira quando parou a frente de um escravo e perguntou ao comerciante:
- Quanto me custará?
- Pouco para a senhora, leve esse, disse o homem apontando para outro.
- Quero este. Disse ela dando as moedas.
- Basta ?
- Sim senhora, basta. Pagaste bem pelo escravo.
- Raquel mandou que tirassem as correntes que prendiam o escravo e disse:
- Vamos para sua nova casa.
Hermes chegou a casa grande de repente, chegou como escravo, mas para nós nunca fora um.
Era um moço jovem, contava uns 20 ou 23 anos, tinha um porte robusto, e aquilo talvez fez com que Helvídio sentisse ódio do rapaz.
Mas seu ódio não vingara, não tinha razão de ser, pois Raquel nunca conversara com Hermes.
Eu percebia que Raquel estava sendo o que sempre acreditei que seria, ou seja a mulher pacata que obedecia o marido com ardor.
Certa manhã Helvídio deixara a casa e partira para a Macedônia.
Pensei eu que Raquel nada faria, mas ela me perguntou:
- Quando virá O Messias?
- Está na Galiléia senhora, disse Hermes.
- Na Galiléia? Falará lá?
- Sim, senhora Raquel.
- Eu quero ir até ele com o meu filho.
- O que pensa fazer senhora? Disse Dolores.
- Quero acompanhá-lo enquanto Helvídio estiver ausente.
Confesso que fiquei com medo, mas Hermes a ajudou e até nos levou até o bom Nazareno.
CAPÍTULO IV
Viajamos com o forte calor e com um bebê nos braços.
Chegando à Galiléia as multidões já se faziam presente e o bom Jesus já começara a falar.
- “Que venham até mim aqueles que a fé carregam, eu vos darei o refúgio”.
Naquele momento parecia tudo que Raquel precisava, passara dor e tristeza, ela necessitava de refúgio.
E assim seguimos o Nazareno por muitos dias, resolvemos voltar quando já se aproximava a chegada de Helvídio, mas para nós aquilo fora alegria.
Helvídio chegou e nada soube e por muito tempo assim fizemos.
Enério deveria contar com 10 anos e fazia esse tempo que Raquel não via o filho.
Nunca me esquecerei do dia que Helvídio chegou com Enério, trazia um amigo.
Os olhos de Raquel brilharam, mas a criança mal a olhou, nem mesmo lhe estendeu a mão.
Ela ficou olhando, mas em momento algum ele a olhou.
Ele sentou-se e comeu, na mesa Helvídio comentava com o tal companheiro:
- Esse Jesus nos coloca em má situação.
- É um coitado Helvídio
- Engana-se disse o menino Enério.
Raquel pensou que o filho lhe falaria do bom Jesus com carinho, da humildade.
- Deve ser caçado, disse o menino, anda com essa legião de leprosos pelo nosso solo.
Naquele instante Raquel empalideceu, não conhecia o próprio filho, fora criado à imagem do pai.
Ainda naquele dia Raquel me olhou com carinho e disse:
- Eu quero ir até ele com o meu filho.
- O que pensa fazer senhora? Disse Dolores.
- Quero acompanhá-lo enquanto Helvídio estiver ausente.
Confesso que fiquei com medo, mas Hermes a ajudou e até nos levou até o bom Nazareno.
CAPÍTULO IV
Viajamos com o forte calor e com um bebê nos braços.
Chegando à Galiléia as multidões já se faziam presente e o bom Jesus já começara a falar.
- “Que venham até mim aqueles que a fé carregam, eu vos darei o refúgio”.
Naquele momento parecia tudo que Raquel precisava, passara dor e tristeza, ela necessitava de refúgio.
E assim seguimos o Nazareno por muitos dias, resolvemos voltar quando já se aproximava a chegada de Helvídio, mas para nós aquilo fora alegria.
Helvídio chegou e nada soube e por muito tempo assim fizemos.
Enério deveria contar com 10 anos e fazia esse tempo que Raquel não via o filho.
Nunca me esquecerei do dia que Helvídio chegou com Enério, trazia um amigo.
Os olhos de Raquel brilharam, mas a criança mal a olhou, nem mesmo lhe estendeu a mão.
Ela ficou olhando, mas em momento algum ele a olhou.
Ele sentou-se e comeu, na mesa Helvídio comentava com o tal companheiro:
- Esse Jesus nos coloca em má situação.
- É um coitado Helvídio
- Engana-se disse o menino Enério.
Raquel pensou que o filho lhe falaria do bom Jesus com carinho, da humildade.
- Deve ser caçado, disse o menino, anda com essa legião de leprosos pelo nosso solo.
Naquele instante Raquel empalideceu, não conhecia o próprio filho, fora criado à imagem do pai.
Ainda naquele dia Raquel me olhou com carinho e disse:
- Ele matou meu filho.
Notei que ela falava da pureza de uma criança, da inocência.
- Criança impura. Disse ela.
Senti que Raquel mudara, os olhos tristes assumiram força, parecia mudada, fortalecida.
- Vou-me com Jesus, disse ela . Eu, Dolores e José
Lembro-me do dia que Raquel deixou a casa, nada levou, nem uma peça do seu vestuário, nem mesmo as jóias.
- Boa Míriam lhe confio minha casa. E a você Eva lhe confio Míriam.
Eu não teria coragem de pedir que ela ficasse, vivendo com tanto sofrimento.
Ela pegou o pequeno nos braços e junto a Dolores deixaram a casa.
Temi o seria de mim, pensei em voltar para a casa do Faraó Enero, mas não, alguém tinha que contar à Helvídio.
Raquel se despediu de Lavínia, e se foi abençoada pela mãe.
Antes ela vendeu tudo que tinha, jóias, propriedades em seu nome e libertou seus escravos.
Libertou a mim e a Eva, mas se eu não ficasse ali, para onde eu iria?
O sol castigava e Raquel junto com Dolores seguiram por cidades distantes. Ouviam ao Messias e caminhavam propagando a palavra divina
Raquel só parou quando chegaram junto a um pequeno povoado e ali se encontrou.
Era manhã, alguém chegou e disse:
- Raquel nos falta pão.
- Raquel deu moedas para que comprassem o pão e assim fizeram.
Neste pequeno povoado Raquel se instalou, ela ensinava coisas as crianças e as pessoas. Dolores era amiga e também passava os ensinamentos e a palavra do Messias.
Ficavam por alguns meses e depois alguém de bom coração lhes tomava o lugar e ela ia para outras regiões.
Raquel seguia o mesmo caminho de Jesus, ficavam sempre em povoados próximos onde o Messias deveria passar, levou luz onde não havia e por meses esteve acompanhando e ouvindo ao Messias.
CAPÍTULO V
Quando Helvídio soube da fuga pediu que a caçassem, foi falar com o Faraó Enéro e este lavou as mãos dizendo:
- Minha filha morreu, a que estás procurando é sua esposa, portanto faça como achar melhor.
- Eu vou matá-la com minhas próprias mãos Enéro, eu preciso me vingar.
Notei que ela falava da pureza de uma criança, da inocência.
- Criança impura. Disse ela.
Senti que Raquel mudara, os olhos tristes assumiram força, parecia mudada, fortalecida.
- Vou-me com Jesus, disse ela . Eu, Dolores e José
Lembro-me do dia que Raquel deixou a casa, nada levou, nem uma peça do seu vestuário, nem mesmo as jóias.
- Boa Míriam lhe confio minha casa. E a você Eva lhe confio Míriam.
Eu não teria coragem de pedir que ela ficasse, vivendo com tanto sofrimento.
Ela pegou o pequeno nos braços e junto a Dolores deixaram a casa.
Temi o seria de mim, pensei em voltar para a casa do Faraó Enero, mas não, alguém tinha que contar à Helvídio.
Raquel se despediu de Lavínia, e se foi abençoada pela mãe.
Antes ela vendeu tudo que tinha, jóias, propriedades em seu nome e libertou seus escravos.
Libertou a mim e a Eva, mas se eu não ficasse ali, para onde eu iria?
O sol castigava e Raquel junto com Dolores seguiram por cidades distantes. Ouviam ao Messias e caminhavam propagando a palavra divina
Raquel só parou quando chegaram junto a um pequeno povoado e ali se encontrou.
Era manhã, alguém chegou e disse:
- Raquel nos falta pão.
- Raquel deu moedas para que comprassem o pão e assim fizeram.
Neste pequeno povoado Raquel se instalou, ela ensinava coisas as crianças e as pessoas. Dolores era amiga e também passava os ensinamentos e a palavra do Messias.
Ficavam por alguns meses e depois alguém de bom coração lhes tomava o lugar e ela ia para outras regiões.
Raquel seguia o mesmo caminho de Jesus, ficavam sempre em povoados próximos onde o Messias deveria passar, levou luz onde não havia e por meses esteve acompanhando e ouvindo ao Messias.
CAPÍTULO V
Quando Helvídio soube da fuga pediu que a caçassem, foi falar com o Faraó Enéro e este lavou as mãos dizendo:
- Minha filha morreu, a que estás procurando é sua esposa, portanto faça como achar melhor.
- Eu vou matá-la com minhas próprias mãos Enéro, eu preciso me vingar.
- Como eu já disse o problema é seu Helvídio.
Helvídio mandou homens procurarem Raquel, andaram por todas as vilas e vilarejos, ofereceram recompensa, mas ninguém a encontrou. Ela era uma mulher do povo e de Deus.
Algum tempo depois quando estava em outro povoado José adoecera e em dois dias estava a beira da morte. José pela primeira vez parecia chorar.
Neste dia Raquel caminhou para achar o Messias e lhe pedir que curasse a única coisa que carregava em sua vida.
Mas todos já sabiam.
- Jesus foi preso.
- Como preso. Preciso vê-lo, sigo seus passos à anos, não posso crer que o pegaram.
- Judas o traiu e o entregou aos homens.
- Onde está ele ? Diga-me
- Nada podes fazer mulher do povo. Será crucificado.
Naquela noite José deixou o mundo. E eu pela primeira vez soube que Raquel chorara a ponto de enlouquecer. Dizem que Dolores a impediu que também partisse com o filho.
Então naquele dia Raquel voltou e pediu ao pai.
- Por favor meu pai, interceda por Jesus.
Enéro a expulsou e a considerou morta.
Lembro-me do dia que soltaram Barrabás no lugar de Jesus, do dia que aquele que poderia salvá-lo, lavou as mãos diante do povo.
Raquel acompanhou Jesus entre lágrimas e chorou como nunca vi.
Jesus morreu, mas tudo que deixou não. Então pela primeira vez eu soube de um milagre.
Jesus ressuscitara, mas para Raquel ele sempre estivera vivo. Ela e Dolores sofriam, mas continuaram levando a paz a todos que não a tinham.
Vinham sorridentes em busca de felicidade.
Helvídio mandou homens procurarem Raquel, andaram por todas as vilas e vilarejos, ofereceram recompensa, mas ninguém a encontrou. Ela era uma mulher do povo e de Deus.
Algum tempo depois quando estava em outro povoado José adoecera e em dois dias estava a beira da morte. José pela primeira vez parecia chorar.
Neste dia Raquel caminhou para achar o Messias e lhe pedir que curasse a única coisa que carregava em sua vida.
Mas todos já sabiam.
- Jesus foi preso.
- Como preso. Preciso vê-lo, sigo seus passos à anos, não posso crer que o pegaram.
- Judas o traiu e o entregou aos homens.
- Onde está ele ? Diga-me
- Nada podes fazer mulher do povo. Será crucificado.
Naquela noite José deixou o mundo. E eu pela primeira vez soube que Raquel chorara a ponto de enlouquecer. Dizem que Dolores a impediu que também partisse com o filho.
Então naquele dia Raquel voltou e pediu ao pai.
- Por favor meu pai, interceda por Jesus.
Enéro a expulsou e a considerou morta.
Lembro-me do dia que soltaram Barrabás no lugar de Jesus, do dia que aquele que poderia salvá-lo, lavou as mãos diante do povo.
Raquel acompanhou Jesus entre lágrimas e chorou como nunca vi.
Jesus morreu, mas tudo que deixou não. Então pela primeira vez eu soube de um milagre.
Jesus ressuscitara, mas para Raquel ele sempre estivera vivo. Ela e Dolores sofriam, mas continuaram levando a paz a todos que não a tinham.
Vinham sorridentes em busca de felicidade.
Eu soube uma manhã da morte de Dolores, morrera junto aos leprosos com
Raquel ao seu lado.
No mesmo dia o povo contou que Raquel fora ferida, alguém a mando de Helvídio a emboscara.
Ela sempre fora ferida, pelo pai, pelo marido, pela vida. Helvídio a matara ou mandara matar Raquel.
E de fato assim fez.
Mas eu fui a última a ver Raquel entrar por aquela porta como mulher. Era forte, madura e tinha o peso dos anos nas costas. Não era pacata, nem conformada, era uma mulher.
Ela entrou e disse-me
- Míriam, vim para morrer aqui.
Morreu em meus braços, mas na verdade Raquel nunca morreu para aqueles que ajudou e amou.
- E o que foi feito de seu filho Enério?
- Enério tornou-se nobre e malvado, ruim como o pai, tornou-se mal.
Me é triste lembrar.
- E você Míriam? O que fará de sua vida já que é livre?
- Eu? Seguirei os passos de Raquel e tentarei ser como ela.
- Raquel foste pura, de fato estará com Jesus.
- Só peço ao bom amigo que revele sua história a todos que por aqui passar preserve a vida e a história de Raquel.
- Assim será Míriam, lembrar de Raquel será lembrar do bom Jesus.
FIM
No mesmo dia o povo contou que Raquel fora ferida, alguém a mando de Helvídio a emboscara.
Ela sempre fora ferida, pelo pai, pelo marido, pela vida. Helvídio a matara ou mandara matar Raquel.
E de fato assim fez.
Mas eu fui a última a ver Raquel entrar por aquela porta como mulher. Era forte, madura e tinha o peso dos anos nas costas. Não era pacata, nem conformada, era uma mulher.
Ela entrou e disse-me
- Míriam, vim para morrer aqui.
Morreu em meus braços, mas na verdade Raquel nunca morreu para aqueles que ajudou e amou.
- E o que foi feito de seu filho Enério?
- Enério tornou-se nobre e malvado, ruim como o pai, tornou-se mal.
Me é triste lembrar.
- E você Míriam? O que fará de sua vida já que é livre?
- Eu? Seguirei os passos de Raquel e tentarei ser como ela.
- Raquel foste pura, de fato estará com Jesus.
- Só peço ao bom amigo que revele sua história a todos que por aqui passar preserve a vida e a história de Raquel.
- Assim será Míriam, lembrar de Raquel será lembrar do bom Jesus.
FIM
Patricia Cavazzana da Silva
pelo espírito Isabel
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