sábado, 14 de abril de 2012

TRADIÇÃO E COSTUMES CIGANOS


Os ciganos nos legaram bens preciosos como: o amor, a liberdade e a
natureza, a sabedoria de viver e os conhecimentos esotéricos pelos quais
é possível desvendar muitos de nossos segredos existênciais, portanto, é
hora dessa cultura fascinante e polêmica ser reconhecida e respeitada.

Um grande rio corta a região noroeste da Índia, onde fica hoje o Paquistão. Seu nome é Indu e das suas margens partiu, expulsos por invasores árabes há quase 3 mil anos, Um povo amante da música, das cores alegres e da magia.

Este pelo menos, é a explicação dos estudiosos para a origem dos ciganos.

E o que a fundamental é a semelhança do romanê idioma falado pelos ciganos
com o sânscrito, a língua falada clássica indiana.

O que não se sabe ainda é se esses eternos viajantes pertenciam a uma casta
inferior dentro da hierarquia indiana ou uma casta aristrocrática e militar.

Independente de qual fosse seu status, a partir do êxodo pelo Oriente,
os ciganos se dedicaram com exclusividade a atividades intinenrantes como: ferreiros, domadores, criadores e vendedores de cavalos, saltibancos, 
comerciantes de miudezas, e praticantes das artes divinatórias.

Viajavam sempre em grandes carroções coloridos e criaram nomes poéticos
para si próprios: filhos das estrêlas, irmãos das águas, viajantes do vento
e povo das estradas.

Das estrelas, com certeza. Pois os ciganos simplesmente têm pavor do mar e
só põe os pés num barco se forem obrigados, tanto que não há registro de marinheiros ou pescadores entre eles.

É falso, porém, achar que o gosto pelas viagens seja o único fator responsável
pelo nomandismo desse povo.

Por trás de todas essas mudanças, há também uma história de perseguições
e fugas.

Na Moldávia e na Valáquia, atual Romênia, os ciganos foram escravizados
durante 300 anos; na Albânia e na Grécia pagavam impostos mais altos.
Também na Hungria conheceram a escravatura. E os ingleses expulsavam, sob pena de morte, aqueles que se recusavam a fixar residência.

Na Alemanha, crianças ciganas eram tiradas dos pais com a desculpa de que
"iriam estudar", enquanto a Polônia, a Dinamarca e a Áustria puniam com severidade quem os acolhesse.

Pior ainda nos Países Baixos, onde inúmeros ciganos foram condenados à forca e seus filhos obrigados a assistir à execução para aprender a "lição de moral".

Apenas no País de Gales eles tiveram espaço para manter parte das suas tradições
e a língua. Uma tolerância que os levou a se sedentarizar e a se misturar com a população local, dando origem aos ciganos mistos.

Da mesma forma, na região da Andaluzia (Espanha), encontraram facilidades e se estabeleceram. Mesmo assim, durante a inquisição católica, vários deles foram expulsos pelos tribunais do Santo Ofício.

Dessa vez, não tiveram escolha: envíados para as gáles em Portugal e na Espanha, cruzaram o mar rumo ao degredo nas colônias africanas, asiáticas e americanas.

Como pode-se ver a história dos ciganos não é só de alegria, música e dança, mas
também de perseguições e preconceitos.

O povo cigano experiência o mais amplo sentido de liberdade.

Não tem apego a nenhum lugar em especial, não deixa raízes que não possam
ser arrancadas quando o desejo de ganhar estrada acontecer.

O verdadeiro nômade é livre como o vento e pode estar em um lugar quando
o sol nasce e em outro quando chega o poente.

Para ele é importante o momento presente.

O passado é experiência e vivência já conquistada e o futuro uma expectativa aventureira, que ele entrega ao Poder Maior.

As populações ciganas são nômades por excelência, não têm pátria, são universais
e não possuem títulos monárquicos como reis, rainhas, ou outros que signifiquem máximo poder de governo.

Viajam em grupos de famílias, que possuem um profundo sentido de união, solidariedade e companheirismo. Formam núcleo comunitários compactos com normas e regras de convivência harmoniosa.

Os ciganos acreditam que somente podem ser felizes entre os ciganos, por isso as crianças frequentam a escola por um curto tempo, o suficiente para aprender ler
e escrever o indioma do país local e fazer as operações matemáticas mais simples. Pois quando maiores precisarão destes conhecimentos para desempenharem as tarefas do mundo moderno e com isto ganhar a vida honestamente.

Na sociedade cigana, o homem representa o esteio e o braço forte da família, a mulher significa o lado terno e de proteção espiritual dos lares ciganos.

As ciganas não trabalham fora do lar e quando vão as ruas para ler a sorte é
como um cumprimento de tradição e não como parte do sustento da família.

Tanto as ciganas solteiras como as casadas são muito faceiras, insinuantes e provocantes, em particular quando dança.

Os bebês ciganos atualmente também são registrados em cartórios e levados a pia bastimal . Contudo, os ciganos possuem além do nome oficial, um nome secreto, escolhido pela mãe, e soprado em seus ouvidos nos primeiros instantes após o nascimento.
Possuem, um terceiro nome o qual é conhecido na população local.

A festa de casamento, é uma das mais bonitas, quando realizadas dentro das tradições.

Enfim, existe toda uma tradição entre esse povo e ficaria dificil enumerá-las aqui. Entretanto, podemos observar que as leis e costumes ciganos são severos e rígidos em vários aspectos, porém, são estas atitudes muitas vezes rigorosas que mantém vivo o povo cigano, ainda possuidor de inúmeras de suas tradições.
Apesar do convívio direto ou indireto com os gajos.

Nenhum comentário: